No censo anterior, de 1991, o IBGE não tratou o islamismo de maneira isolada, estando os muçulmanos incluídos na categoria de "outras religiões", um grupo que englobou quase 51 mil brasileiros.
Índice[esconder] |
[editar] Origem
A convergência de imigrantes árabes para a fronteira do estado do Paraná com o Paraguai fez com que a região, especialmente a cidade de Foz do Iguaçu, seja um dos locais de maior concentração de muçulmanos no país.
Na cidade de São Paulo existem cerca de dez mesquitas, dentre as quais a Mesquita Brasil, na Avenida do Estado (centro da cidade) – cujas obras de construção começaram em 1929 e que foi a primeira mesquita edificada na América Latina.
[editar] História do islamismo no Brasil
- Ver também: Escravidão no Brasil
Em 1835, os escravos muçulmanos organizaram a Revolta dos Malês, na Bahia contra a escravidão. Alguns historiadores assinalam a notável organização do movimento, de modo que pode ser constatado o Jihad Fi Sabilillah ("esforço pela causa de Alá") durante a revolta. A revolta foi importante para o enfraquecimento do sistema escravocrata, mas seus principais líderes, quando capturados em batalha, foram devolvidos ao continente africano, pois os militares temiam que caso fossem mortos a fé dos combatentes aumentaria.
Antes de chegar ao Brasil, Heitor Furtado de Mendonça, padre português e primeiro inquisidor oficial em terras brasileiras, visitou colônias portuguesas na África, onde identificou os procedimentos religiosos dos nativos daquele continente, tendo adentrado pelo Reino de Benin, que, mediante aliança político-comercial com Portugal, serviu de porto para o comércio de escravos. Já no Brasil, Furtado assinalou os costumes dos "maometanos" (seguidores de Maomé), tais como a oração de Salatul Juma, o não-consumo de carne ou gordura de porco e de bebidas alcoólicas, a escrita de caracteres árabes e a leitura de livros como o Alcorão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário